Árvore de natal: de
Deus ou Diabo?
Observado por quase todos os cristãos, o dia de natal – que,
no Ocidente, é comemorado em 25 de dezembro e, no Oriente, como na igreja
ortodoxa Russa, em 6 de janeiro, traz em si uma mistura de cultos pagãos e o
desejo, não muito puro, que tiveram as autoridades da igreja romana de
substituir festas pagãs, pelo nascimento de Jesus, nosso Senhor.
A primeira destas celebrações que tentaram “cristianizar era
a festa mitraica (a religião persa rivalizava com o cristianismo naqueles dia)
do natalis invict Solis (nascimento
do vitorioso sol).
Havia também várias outras festividades pagãs decorrentes do
solstício de inverno, quando o sol começa a se reaproximar da terra no
hemisfério norte, fazendo com que os dias comecem a ficar mais longos – como as
saturnalia em Roma – festa pagã com muitos excessos. Nesta festividade,
permitia-se aos escravos terem os mesmos direitos de seus senhores. E havia
ainda, os cultos solares entre os celtas e os germânicos.
Como chegaram a data
do natal?
Existia uma pluralidade de datas sugeridas pelos
eclesiásticos para a comemoração do natal:
2 de janeiro, 25 de março, 18 de abril, 20 de maio, e 25 de
dezembro. Esta última surgiu, como o dia de natal, pela primeira vez, no
calendário de philocalus, no ano de 354 de nossa era.
A ideia de arranjar um dia para comemorar o nascimento de
Cristo não existia na época dos apóstolos, que não tiveram, também, a preocupação
de guardar a cruz em que o Senhor foi crucificado. E por estas atitudes, temos
de agradecer a Deus.
Imagine se houvessem guardado a cruz de Cristo, que culto
idólatra se faria hoje, no mundo, á “santa cruz”?
Por quase 250 anos, a igreja não se deu o trabalho de se
comemorar o nascimento do Senhor. Eles estavam preocupados em ensinar a razão
da vinda d’Ele, e não o seu dia natalício, o que, se comemorado, certamente se
tornaria um objeto de idolatria, tal como se vê hoje.
O rei Ezequias teve de quebrar a serpente que Moises erguera
no deserto, pois ela havia-se transformado em um objeto de adoração. Este tirou os altos, e quebrou as estátuas, e
deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés
fizera, porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e
lhe chamavam Neustã. 2 Reis 18.4
No ano 245, Origenes, considerado um dos pais da igreja,
repudiou a ideia de determinar um dia para festividade do natal, afirmando que
queriam comparar o Senhor Jesus a um faraó.
Foi nos dias de Hipólito, bispo de Roma, na primeira metade
do século III d.C., que encontramos a primeira evidência histórica da
celebrarão do dia do nascimento do Senhor Jesus Cristo. A princípio, ele
escolheu a data de 2 de janeiro, enquanto outros preferiam as datas já
mencionadas antes. Antes disso, 6 de janeiro era considerado o dia do batismo
de Jesus por João Batista, e acreditavam ser esta a data do nascimento
espiritual de Cristo. Havia quem celebrasse como a do nascimento físico.
Entre os anos 325 a 354 d.C., transferiram a comemoração
para o dia 25 de dezembro.
Finalmente, em 440 d.C., ente tantas baboseiras que
inventaram para justificar a fé em Cristo, oficializaram 25 de dezembro como o
dia do nascimento do nosso Salvador. A proposta até parecia justa, queriam
cristianizar grandes festas pagãs realizadas neste dia. No entanto, para
desfazerem erros criaram outro maior. Há um método mitológico que dizem ser
capaz de calcular a data da criação como sendo 25 de março. Com este
entendimento, os “sábios” calcularam que Cristo, a nova criação, o infante-Rei,
o único intermediário entre Deus e o homem, também teria concebido nesta data.
Logo, nove meses depois, ou seja 25 de Dezembro, seria o natal.
A origem da árvore
de natal.
A árvore de natal é de origem germânica. No tempo de São
Bonifácio, foi adotada para substituir os sacrifícios uma arvore ao Carvalho
sagrado de Odin, adorando-se uma árvore em homenagem ao Deus-menino.
No carvalho sagrado de Odin, eram colocados presentes, para
que as crianças pegassem, fato parecido com o que acontece hoje nas festas de
Cosme à Damião, em que as pessoas oferecem doces e presentes a criançada.
Odin era um deus da mitologia germânica, chamado também de
wotan. Era considerado o demônio da tempestade, depois o demônio do mundo.
Tinha dois irmãos, Vili e Vé. Segundo a lenda, Odin e seus irmãos mataram o
gigante Ymir e de sua carne fizeram a terra, e de seu sangue fizeram o mar, dos
ossos criaram as montanhas, dos cabelos fizeram as árvores e do seu crânio a abóbada
celeste. Fizeram ainda, de dois troncos de árvore, o primeiro par humano, Ak e
Embla. Esta é uma explicação grosseira que o inferno usa para substituir os
atos da criação que o nosso Deus realizou, tal como escritos em Gênesis 1.
A principal função “divina” de Odin era a de deus da guerra;
trazia na mão a lança Gungnir, cujo golpe nenhuma força poderia conter, e
montava o cavalo Sleipnir, que tinha oito patas, e no qual cavalgou até
Yggdrasill – a árvore onde se sacrificou para si mesmo, pendurado e perfurado
por uma lança nesta “Arvore do Mundo” (ou “Grande Árvore).
Ele tinha, ainda, o
dom de tomar múltiplas formas. Quando surgia como humano, adquiria as feições
de um homem barbudo, caolho, usando um chapéu de abas largas e se envolvia numa
vasta capa.
Como os “santos” romanos não conseguiam acabar com a
adoração fetichista, trocaram a adoração a “Arvore do Mundo” pela árvore de
Natal.
Atualmente, o Natal é celebrado das mais variadas maneiras.
A mais perversa é o sentido comercial que ele tomou; em que os comerciantes
enfeitam suas lojas, as prefeituras fazem o mesmo com as cidades, as famílias
se reúnem, não para comemorar o nascimento do Salvador, mas para festejar o
Natal com bebidas, carnalidade e tantas outras coisas mais.
Para a comemoração do Natal, não é de hoje que várias ideias
foram criadas, afim de tornar a celebração mais emocionante, ideias estas que
dariam mais vida à festa de Natal. Coube a São Francisco de Assis a introdução
do presépio no século XIII.
Quanto à figura
lendária de Papai Noel, ela deriva-se de São Nicolau (séc. IV d.C.), bispo da
Ásia Menor, que, ao contrário da figura bonachona e barbuda do conhecido Bom
Velhinho, era austero, porém com reputação de homem que fazia o bem e era
generoso.
Os compositores, alguns sem o menor amor ao Senhor, fizeram
lindas canções, em que, ao ouvi-las, tem-se a ideia de que não existem
problemas no mundo. No instante em que as famílias brindam, desejando feliz
Natal uns aos outros, do lado de fora das casas, todas decoradas, cada uma
competindo com a outra, na decoração, pessoas miseráveis continuam a trilhar os
mesmos caminhos duros que já percorreram os seus ancestrais.
Resta uma pergunta que responde toda e qualquer indagação
sobre se devemos ou não comemorar o Natal de Jesus: será que o Espírito Santo
Se esqueceu de colocar, na palavra de Deus a data ou qualquer orientação para
que a comemorássemos, ou será que o que estamos fazendo não é da vontade do
Senhor?
Ouvi a palavra que
o SENHOR vos fala a vós, ó casa de Israel.
Assim diz o
SENHOR: Não aprendais o caminho das nações, nem vos espanteis com os sinais dos
céus; porque com eles se atemorizam as nações.
Porque os costumes
dos povos são vaidade; pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos do
artífice, com machado.
Com prata e com
ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova.
São como a
palmeira, obra torneada, mas não podem falar; necessitam de quem os leve,
porquanto não podem andar; não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal,
nem tampouco têm poder de fazer bem.
Ninguém há
semelhante a ti, ó SENHOR; tu és grande, e grande é o teu nome em força.
Quem te não
temeria a ti, ó Rei das nações? Pois isso só a ti pertence; porquanto, entre
todos os sábios das nações e em todo o seu reino, ninguém há semelhante a ti.
Jeremias 10.1-7